segunda-feira, 19 de agosto de 2013

RECENT WORKS, 2013





ARBEIT MACHT FREI - 2013
- Acrílico sobre cartão
- 107X129 cm -




AWAKE # 1, 2013
- desenho sobre papel com colagens
- 109 X 75 cm





CRAZY # 1, 2013
- desenho sobre papel com colagens
- 109 X 75 cm - 2




ER # 1, 2013
- desenho sobre papel com colagens
- 109 X 81 cm - 2




I GOT THE GRACE, 2013
- desenho sobre papel com colagens
- 109 X 75 cm -




CABEZA, 2013
- Acrilico, oil pastel e spray sobre tela em caixa madeira com vidro
- 60 X 60 (aprox.)




FAKE, 2013
- desenho sobre papel
- 59 X 41,5 cm -




FOR A DAY VOTE - 2013
- ACRILICO sobre tela
- 50X50 cm



WARM BEER AND COLD WOMAN + THE NEXT, 2013
- Acrilico, oil pastel, grafite com colagens sobre cartão
- 110 X 90 cm (aprox.)



BACK DOOR MAN, 2013
- Acrílico sobre madeira (mdf)
- 186X160 cm




GIVE ME CONVENIENCE OR GIVE DEATH, 2013
- Acrílico sobre tela sobre madeira (mdf)
- 128X116 cm


SLEEP IN HEAVEN, 2013
- Acrílico sobre papel
- 130X154 cm





TEREOTYPE MAN OUT OF SCEENE, 2013
- Acrílico sobre tela
- 150X160 cm























sábado, 2 de fevereiro de 2013

THE WEST IS THE BEST @ galeria SERPENTE, Porto




THE WEST IS THE BEST - desenho, pintura, instalação multimédia - Galeria SERPENTE, rua Miguel Bombarda, Porto - 19 janeiro a 26 fevereiro 2013.

De Coca-Cola numa mão e comando de tevê na outra, temos que pensar em novos modos de fazer a revolução!” 
(carta apócrifa de Jean Baudrillard, incluída no conto “Paraíso Futebol Clube”, de Sérgio Almeida)


O óbvio, esse ladrão sem alma, diz-nos que a obra de Paulo Moreira é toda ela virada para a confrontação e para o excesso.
Seja. Para apaziguar as suas inseguranças, não encontrou a espécie humana melhor forma do que rotular o desconhecido, julgando assim aprisionar o medo em categorias artificiais.
E, contudo, não tenhamos por um só instante dúvidas em apodar de intimistas estas pinturas ora brutais ora sacrílegas nas quais nos entrevemos com uma nitidez que porventura não desejaríamos.
Porque “a revolução somos nós”, como assegura um dos títulos dos trabalhos aqui expostos, há nesta aparente desordem e conflitualidade uma aproximação à nossa essência mais secreta que não encontramos em muitos lugares. Muito menos, seguramente, em trabalhos que pretendem desvendar os recantos da nossa, digamos, alma e mais não fazem, afinal, do que exibir matéria amorfa, tão estranha como estes dias em que a lucidez tem pouso incerto.
Não nos iludamos. É mesmo no reduto do eu que nos situamos quando o artista nos exibe, uma após outra, as máscaras deformadas em que, sem o saber, nos querem transformar.
A partir dos escombros de uma sociedade em estado negatório, porque desconhecedora do seu rosto original, Paulo Moreira propõe que não nos cinjemos aos limites em que as luminárias do(s) costume(s) nos querem aprisionar. O modo de vida com que nos povoaram os sonhos desde o berço encontra-se esgotado? A consciência dos que nos governam nunca esteve tão limpa por jamais ter sido usada? “Ainda Não é o Princípio Nem o Fim do Mundo; Calma, é Apenas um Pouco Tarde“, como diria Manuel António Pina.
As ruínas serão as nossas auto-estradas do futuro. Deslizaremos nelas à velocidade do pensamento enquanto observamos o sol a desaparecer do horizonte. Com a cabeça do nosso algoz debaixo do braço.

Sérgio Almeida


Espinho, 17 de Janeiro de 2013